Se você mora no Mato Grosso ou tem negócios aqui, já percebeu que a qualidade das estradas, da energia e dos serviços de logística muda o ritmo da vida. Neste artigo a gente vai explicar, de forma simples, como está a infraestrutura do estado, quais são os principais projetos e onde ainda faltam melhorias.
O MT tem mais de 30 mil km de rodovias pavimentadas, mas a maioria ainda é de terra. As principais vias – BR-163, BR-364 e MT-300 – ligam a capital, Cuiabá, às regiões produtoras de soja, milho e carne. Nos últimos anos, o governo federal e o estadual investiram cerca de R$ 2 bilhões na pavimentação da BR-163, que agora tem trechos totalmente asfaltados entre Cuiabá e Rondonópolis.
Mesmo assim, ainda tem muito chão de lama que atrasa colheitas e eleva custos de frete. Pequenos produtores costumam contar com caminhoneiros locais que conhecem os trechos críticos e sabem a melhor hora para viajar. Se você precisa transportar carga, planeje rotas alternativas como a MT-252, que costuma estar em melhor condição durante a estação das chuvas.
A energia no Mato Grosso vem basicamente de duas fontes: hidrelétrica e termelétrica. A Usina Hidrelétrica de Sinop, com 741 MW, garante boa parte da demanda das cidades do norte. No sudeste, a Termelétrica de Lagarto, movida a gás natural, complementa nas horas de pico.
Nos últimos anos, o estado lançou um programa de energia solar voltado para áreas rurais. Cooperativas de agricultores conseguem instalar painéis em suas propriedades e vender o excedente para a distribuidora. Esse movimento tem ajudado a reduzir o número de apagões em comunidades mais isoladas.
Para quem pensa em abrir uma indústria, vale checar a disponibilidade de subestações próximas ao ponto de instalação. A Companhia de Eletricidade de Mato Grosso (CEMAT) oferece relatórios de capacidade de carga que podem evitar surpresas caras depois.
Apesar de ser um estado sem litoral, o Mato Grosso conta com importantes vias de exportação através dos portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande. A ferrovia Norte-Sul, ainda em fase de construção, promete mudar o cenário ao conectar a região Centro-Oeste diretamente ao litoral norte.
Enquanto a ferrovia não está pronta, os produtores dependem de rodovias para levar a soja e o milho até os portos do sul. Investimentos recentes em terminais secos – áreas de armazenamento próximas às fronteiras rodoviárias – têm reduzido o tempo de espera nos pátios dos navios.
Se sua empresa usa contêineres, avalie a opção de armazenar em terminais secos de Mato Grosso do Sul, que possuem boa conexão com a BR-163 e oferecem serviço de desembarque rápido.
O maior obstáculo ainda é a manutenção das estradas de terra. A chuva forte causa deslizamentos e buracos que comprometem a segurança dos motoristas. Soluções como o uso de cascalho estabilizador e projetos de drenagem têm sido testados em municípios como Várzea Grande.
Por outro lado, a expansão da energia solar abre espaço para indústrias que precisam de energia limpa e barata. O governo estadual oferece incentivos fiscais para quem investe em fontes renováveis.
Em resumo, a infraestrutura do Mato Grosso está em evolução, mas ainda tem pontos críticos que podem impactar seu negócio ou sua vida diária. Fique de olho nos novos projetos de pavimentação, nas oportunidades de energia solar e nas rotas logísticas que estão surgindo. Assim, você garante mais eficiência e menos dor de cabeça no dia a dia.
O Governo de Mato Grosso divulgou seu boletim da tarde em 9 de agosto de 2024, apresentando atualizações importantes e novidades. O boletim destacou avanços significativos em projetos de infraestrutura, iniciativas de saúde pública, educação e preservação ambiental, além de reforçar o compromisso com a transparência e a colaboração com as comunidades locais.