Se você já ouviu falar de Bitcoin, provavelmente também encontrou o nome Ethereum em artigos, podcasts ou nas redes. Mas, ao contrário do Bitcoin, que foca só em ser dinheiro digital, Ethereum foi criado para rodar aplicativos descentralizados (dApps) e contratos que se executam sozinhos.
Esses contratos inteligentes são pedaços de código que seguem regras pré‑definidas e não podem ser alterados depois que entram na rede. Isso significa que, se você programar um contrato para liberar um pagamento quando uma condição for cumprida, ele vai fazer exatamente isso, sem precisar de intermediários.
O Ether (ETH) é a moeda nativa da rede. Você pode usá‑la para pagar taxas de transação, mas também pode comprá‑la como investimento ou para participar de novos projetos que nascem na plataforma.
Um contrato inteligente roda em uma máquina virtual chamada EVM (Ethereum Virtual Machine). Quando você envia uma transação, os nós da rede verificam se o código está correto e se você tem Ether suficiente para pagar o "gas", que é a taxa que remunera quem valida a operação.
O "gas" impede que o sistema seja sobrecarregado, já que cada operação tem um custo. Se o contrato precisar de mais recursos do que você pagou, ele simplesmente falha e nada acontece, protegendo a rede de ataques.
Esses contratos já são usados em finanças (DeFi), jogos, identidade digital e até em votação eletrônica. O legal é que, como tudo fica gravado no blockchain, qualquer pessoa pode auditar o código e conferir que ele está funcionando como prometido.
Comprar Ether é fácil: você pode usar corretoras como Binance, Mercado Bitcoin ou Coinbase. Após a compra, a dica mais importante é não deixar o dinheiro na conta da corretora por muito tempo.
Transfira seu ETH para uma carteira que você controla. Existem opções “hot” (conectadas à internet) como MetaMask e Trust Wallet, e “cold” (offline) como Ledger ou Trezor. As carteiras offline são mais seguras contra hackes.
Ao configurar a carteira, guarde a frase de recuperação (seed phrase) em um local físico, longe de dispositivos conectados. Se perder essa frase, não tem como recuperar os fundos.
Na hora de fazer transações, sempre confira o endereço de destino e o valor do gas. Algumas redes podem ficar congestionadas, elevando a taxa. Ajustar o gas manualmente pode ajudar a economizar.
Finalmente, fique de olho nas notícias da comunidade. Atualizações como o Ethereum 2.0 (ou "Merge") já mudaram a forma como a rede funciona, passando de proof‑of‑work para proof‑of‑stake, reduzindo o consumo de energia e abrindo espaço para novas funcionalidades.
Resumindo, Ethereum não é só outra cripto; é um ecossistema que permite criar soluções descentralizadas sem depender de grandes empresas. Entender como funcionam os contratos inteligentes e proteger seu Ether são os primeiros passos para aproveitar tudo o que a rede oferece.
Um trader cometeu um erro dispendioso ao enviar uma grande quantidade de Ethereum para o endereço errado, potencialmente perdendo R$ 145 milhões para sempre. Ele buscou ajuda nas redes sociais após perceber o engano, ocorrido durante uma transação com a INDXcoin. Apesar das tentativas de recuperar o Ethereum perdido, a natureza das transações em blockchain torna a reversão quase impossível.