Tem quem diga que o PSG sempre foi grande demais para o campeonato francês, mas nunca conseguia dar o salto na Europa. Isso mudou radicalmente na temporada 2024-2025. Depois de conquistar a Champions League pela primeira vez, com direito a goleada de 5 a 0 sobre a Inter de Milão, o clube parisiense quebrou mais um tabu: virou o primeiro representante da França a disputar a final do Mundial de Clubes da FIFA.
O jogo que carimbou esse passaporte histórico aconteceu contra o Atlético de Madrid no icônico Rose Bowl, em Pasadena, com casa cheia. O PSG não tomou conhecimento do rival espanhol e passou o trator: 4 a 0 sem dó. Fabián Ruiz e Vitinha deram conta do recado no primeiro tempo. No segundo, a situação ficou ainda mais confortável após a expulsão do zagueiro Clément Lenglet, do Atlético. Os jovens Senny Mayulu e Lee Kang-In (de pênalti) completaram a festa francesa.
Não dá para falar do PSG sem citar a mudança de perfil do elenco. O clube seguiu investindo pesado, mas agora o dinheiro se traduz em um time de verdade, não só em estrelas. Khvicha Kvaratskhelia e Désiré Doué chegaram e explodiram com atuações decisivas. Achraf Hakimi virou peça-chave no lado direito. Essa mescla, somada a uma safra de garotos promissores, levantou o PSG a outro patamar.
Sob o comando de Luis Enrique, o time não deu sossego para ninguém. Não só faturou os títulos franceses – o famoso treble doméstico, que inclui campeonato, copa e supercopa –, mas também se impôs na elite do continente. A Champions League finalmente veio, com futebol vistoso e uma defesa sólida. Agora, na busca pelo inédito Mundial de Clubes, ninguém no vestiário esconde a fome de fazer história, como o próprio treinador deixou claro nos bastidores: 'Queremos mais, não estamos satisfeitos'.
No caminho até a decisão, o PSG mostrou maturidade e confiança, dominando adversários tradicionais e provando que não é só o time a ser batido na França. A goleada sobre o Atlético foi só mais um capítulo dessa campanha onde tática, qualidade e determinação entraram em campo juntas. Se o futebol francês por anos ficou à sombra das potências inglesas, espanholas e italianas, agora o PSG faz questão de colocar a França no centro do mapa.
Enquanto o clube aguarda seu adversário na final, a expectativa em Paris já é de festa – e não só no Parc des Princes, mas em toda a França. O histórico foi reescrito e, independente do resultado na decisão, o PSG já entrou para os livros de recordes do futebol.