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Cidades maio 8, 2025

Operário Sobrevive Após Estaca de Madeira Perfurar Crânio em Mangaratiba

  • Escrito por
    Valéria Monteiro

    Valéria Monteiro

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Um Acidente que Mudou Tudo em Poucos Segundos

Imagine estar no trabalho e, de repente, tudo virar de cabeça para baixo. Foi exatamente isso que aconteceu com Vitor Soares do Nascimento, de 28 anos, durante um dia comum em mais uma construção em Mangaratiba, na Região Metropolitana do Rio. O que deveria ser apenas mais uma jornada acabou virando notícia depois de um acidente improvável e brutal: uma estaca de madeira de 40 centímetros caiu de um telhado e atravessou sua testa, penetrando nada menos que 6 centímetros no crânio do operário.

Vitor estava trabalhando quando foi atingido em cheio, sem qualquer chance de desviar. A cena foi assustadora, mas colegas não pensaram duas vezes e chamaram o socorro. A gravidade da lesão mobilizou até mesmo um helicóptero dos bombeiros, usado para levá-lo rapidamente ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Se não fosse a resposta rápida, dificilmente estaríamos falando de um caso de sobrevivência.

Cirurgia Complexa, Desfecho Surpreendente

Ao chegar no hospital, Vitor surpreendeu os próprios médicos: estava consciente e conseguia se comunicar, mesmo com a estaca atravessando o crânio. Segundo a equipe de emergência, esse detalhe foi crucial para um prognóstico menos trágico. Após exames de imagem, os profissionais descobriram que, além da estaca, ele sofreu fratura frontofacial, fragmentação óssea e contusões profundas no cérebro, quadro que não deixa dúvidas sobre a complexidade da situação.

Os neurocirurgiões, enfrentando um verdadeiro desafio, realizaram de imediato a retirada da estaca. O procedimento envolveu não apenas a remoção do objeto, mas também a drenagem da lesão, reparo das fraturas e correção das depressões cranianas. Cada passo precisava ser pensado para evitar danos ainda maiores, já que qualquer erro poderia afetar funções cerebrais essenciais.

No dia seguinte ao acidente, Vitor seguia internado em estado grave, mas estável. Ele permanece entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando sozinho, o que traz certa esperança à família e à equipe médica. Casos assim são raros e exigem atenção máxima, tanto para evitar infecções quanto para monitorar possíveis complicações neurológicas.

Para quem acompanha o caso, é inevitável lembrar de um episódio semelhante que chocou o Rio em 2012, quando um trabalhador sobreviveu após uma barra de ferro perfurar seu crânio em Botafogo. Situações extremas como essas escancaram os perigos enfrentados diariamente por quem trabalha em obras e muitas vezes ignoram protocolos de segurança diante do ritmo acelerado do setor.

Os médicos do Adão Pereira Nunes destacam que o estado de alerta da vítima no momento do resgate pesou muito a favor da sobrevivência. Agora, o foco é acompanhar a evolução do quadro neurológico e prevenir infecções, que costumam ser as maiores ameaças nesse tipo de trauma. Enquanto isso, a cidade e os colegas de Vitor torcem por uma recuperação que, para muitos, já pode ser considerada um verdadeiro milagre.

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