Televisão novembro 26, 2025

Arminda e Gerluce em guerra: Roubo da estátua e pacto de silêncio acendem conflito em Três Graças

Nathalia Carvalho 0 Comentários

Em Três Graças, novela das nove da Rede Globo, o silêncio tornou-se a arma mais perigosa. Depois do roubo da estátua milionária da mansão de Arminda Lima, a empresária não apenas callou a casa — ela enterrou a verdade. Com o vídeo da invasão circulando nas redes e a polícia batendo à porta, Arminda impôs um pacto de silêncio absoluto: ninguém fala. Nenhum funcionário da Fundação Ferette, nenhum parente, nem mesmo o jardineiro. O que parecia um simples furto virou uma operação de ocultação de crimes muito mais graves — e Gerluce Silva, a mulher da periferia que roubou a estátua, é a única que sabe o porquê.

Um roubo que não foi roubo

O que aconteceu na mansão de Arminda em São Paulo não foi um crime comum. A estátua, uma peça de arte do século XIX avaliada em R$ 4,2 milhões, não foi levada por ladrões comuns. Foi roubada por Gerluce Silva, com a ajuda de Júnior, um ex-funcionário da Fundação. E ela não queria vender. Queria comprar medicamentos. Porque enquanto Arminda vive em mansões, os moradores da Chacrinha, em São Paulo, estão morrendo — não de doenças, mas de mentiras. A Fundação Ferette, controlada por Arminda e seu parceiro Ferette Macedo, distribui placebos como se fossem remédios reais. E Gerluce tem provas. Só que não pode provar. E agora, com o roubo da estátua, ela corre o risco de ser acusada de ladrão — enquanto os verdadeiros culpados se escondem atrás de silêncio e poder.

O pacto de silêncio e o medo que se espalha

Arminda não está apenas tentando esconder o roubo. Ela está tentando esconder um genocídio silencioso. Segundo relatos do Portal N10, ela pressionou Ferette para que ninguém falasse com a polícia — e ele, apesar de relutante, obedeceu. "Claudia fez perguntas comprometedoras a Josefa", confessou Arminda a Ferette. "Se isso vazar, toda a família cai." A ameaça é clara: se a verdade sobre os placebos for exposta, a Fundação Ferette entra em colapso. E com ela, a fortuna de Arminda, que já tem dinheiro suficiente para comprar o mundo — mas não a consciência.

Na Chacrinha, o medo é outro. Os moradores não denunciam porque não confiam na polícia. E Gerluce, que já viu filhos morrerem por falta de remédio, sabe que o sistema não vai ajudar. Por isso, ela planejou o roubo. Não por vingança — por sobrevivência. "Se eu não fizer isso, quem vai fazer?", perguntou ela ao pastor, em um dos momentos mais crua da novela. A estátua era a única coisa que valia o suficiente para comprar os medicamentos que a Fundação nega. E agora, com o pacto de silêncio, ela está sozinha.

Joélly e o ciclo que não se quebra

Joélly e o ciclo que não se quebra

Enquanto o mundo de Arminda e Gerluce explode, outra batalha acontece dentro de casa. Joélly, filha de Gerluce e interpretada por Alana Cabral, descobriu que seu pai é Joaquim, o homem que abandonou Gerluce quando ela tinha 15 anos. E agora, grávida como a mãe e a avó antes dela, Joélly exige respostas. "Eu tenho direito de saber quem é meu pai", disse ela, em um capítulo que deixou o público em choque. Gerluce, que sempre disse que "Joélly não tem pai", não consegue mais mentir. O segredo pesa. E o ciclo, como sempre, se repete: gravidez na adolescência, abandono, luta para sobreviver.

Quem é Jorginho, o namorado de Joélly? O mesmo Joaquim. Ele descobriu que a filha está grávida e, com medo de ser rejeitado, disfarçou a identidade. Mas a verdade não fica escondida para sempre. E quando Joélly descobrir, o que vai acontecer? A novela promete um confronto que pode destruir o que resta da família Silva.

A Rede Globo aperta o botão de aceleração

A audiência de Três Graças caiu desde o início. Em algumas noites, a novela perdeu para a trama das sete. A Rede Globo não esperava isso. Aguinaldo Silva, o autor, voltava ao horário nobre com uma promessa: uma história poderosa sobre três gerações de mulheres. Mas o público demorou a engatar. Então, a emissora acelerou tudo. Cenas foram cortadas. Arco de personagens secundários foram eliminados. As reviravoltas vieram mais rápido — e mais cruas. O roubo da estátua, o pacto de silêncio, a descoberta da paternidade de Joélly: tudo foi comprimido em duas semanas. O objetivo? Manter o público preso. E funcionou. As redes explodiram. O assunto virou trending no Twitter. Mas será que a aceleração vai matar a profundidade da história?

O que vem a seguir

O que vem a seguir

As próximas semanas prometem explosões. Gerluce vai tentar entregar as provas dos placebos à imprensa. Ferette, com medo de ser exposto, planeja um golpe contra ela. Arminda, já sem controle, pode ir além do silêncio — e usar a polícia para prendê-la. Enquanto isso, Joélly está prestes a descobrir que Jorginho é seu pai. E quando ela souber? O que vai fazer? A mãe vai confessar? O pai vai pedir perdão? Ou tudo vai desmoronar?

Uma coisa é certa: Três Graças deixou de ser só uma novela. Virou um espelho. Mostra como o poder pode silenciar a verdade. Como a pobreza é criminalizada. E como mulheres, mesmo sem armas, ainda lutam — com coragem, com mentiras, com estátuas roubadas.

Frequently Asked Questions

Por que Arminda impôs um pacto de silêncio após o roubo da estátua?

Arminda não queria que a investigação descobrisse que a estátua foi roubada por Gerluce para comprar remédios reais — e que a Fundação Ferette distribui placebos como se fossem medicamentos verdadeiros. Se a verdade sair, a reputação da empresa e sua fortuna entram em colapso. O silêncio é sua forma de proteger o crime maior: o assassinato silencioso de moradores da Chacrinha.

Como Gerluce sabe que os remédios são placebos?

Gerluce trabalha na Fundação Ferette como funcionária de apoio e teve acesso a documentos internos que mostram que os medicamentos distribuídos na Chacrinha não contêm princípios ativos. Ela também viu pacientes morrerem mesmo após tomarem os remédios. Um ex-funcionário da área de logística, que depois foi demitido, lhe entregou relatórios de laboratório que comprovam a fraude.

Qual é o papel de Ferette Macedo nessa trama?

Ferette é o braço financeiro e operacional da Fundação Ferette. Ele administra os fundos desviados para a compra de placebos e coordena a lavagem de dinheiro que sustenta o luxo de Arminda. Embora não seja o principal vilão, ele é o que mantém o sistema funcionando. Ele sabe da morte de pessoas, mas escolheu o silêncio em troca de poder. Agora, teme que Gerluce o expõe.

Por que Joélly não sabe que Jorginho é seu pai?

Joaquim, o pai de Joélly, abandonou Gerluce quando ela tinha 15 anos e nunca quis reconhecer a filha. Quando descobriu que Joélly está grávida, ele se aproximou disfarçado como Jorginho, temendo rejeição. Ele acredita que, se revelar a verdade, será visto como um vilão — e perderá a chance de estar perto da filha. Mas a mentira está prestes a explodir.

A Rede Globo realmente acelerou a trama por causa da baixa audiência?

Sim. Segundo fontes da emissora, a novela estava registrando médias de 12 pontos, abaixo da média de 18 da novela anterior. Para evitar o cancelamento antecipado, a direção decidiu comprimir 3 meses de roteiro em 4 semanas. Cenas de desenvolvimento foram cortadas, e reviravoltas foram antecipadas — o que gerou críticas, mas também aumentou o engajamento nas redes sociais.

O que faz Três Graças diferente de outras novelas sobre pobreza?

Enquanto outras novelas mostram a pobreza como tragédia individual, Três Graças a expõe como sistema. O lugar onde Gerluce vive não é um cenário — é um resultado. A Fundação Ferette, com apoio de políticos e burocracias, mantém o ciclo de abandono. O roubo da estátua não é um ato de crime, mas de justiça. E isso é o que assusta: a heroína não é uma vítima. Ela é uma combatente.