Quando Thainá Gonçalves, cantora e finalista da Estrela da Casa, confidenciou ao colega concorrente Hanii que sua voz "estava machucada" e que "estava fazendo força", a tensão já era palpável. O papo, gravado na tarde de 6 de outubro de 2025, foi transmitido pela TV Globo e disponibilizado no Globoplay. A revelação lança luz sobre o peso psicológico que pesa sobre os artistas nos momentos decisivos de competição.
A Estrela da Casa estreou em 2023, prometendo descobrir o próximo grande nome da música pop brasileira. Até agora, 12 cantores passaram pelo confinamento em São Paulo, enfrentando desafios diários de ensaio, votação do público e avaliações de jurados renomados. A final, marcada para 12 de outubro de 2025, reúne os três últimos participantes em um duelo ao vivo que costuma gerar picos de audiência superiores a 12 milhões de telespectadores.
Dentro desse cenário, a ansiedade de performance costuma se manifestar em sintomas físicos – tremores, secura na garganta e, como no caso de Thainá, esforço desnecessário ao alcançar notas agudas. Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP) publicado em 2024, 68% dos participantes de reality shows musicais relatam “desconforto vocal” nos últimos três dias antes da grande final.
Em um dos corredores do estúdio, Thainá, visivelmente nervosa, explicou a Hanii: "Eu sinto que, na hora que eu tô cantando, principalmente quando tá indo pros agudos, porque o agudo da minha música é muito arrastado. Tô fazendo força. E eu sei que isso é porque tá errado." A colega, também finalista, indagou se a voz estava realmente "machucada"; Thainá respondeu afirmativamente, apontando que a tensão era consequência direta da pressão para não decepcionar o público.
Para contextualizar, a música que Thainá deveria interpretar na final tem um refrão que exige alcançar notas acima do D5 por três segundos consecutivos – um desafio técnico já reconhecido pelos jurados nas semanas anteriores. O medo de errar nessas notas é, portanto, compreensível.
O apresentador André Figueiredo, ao ser questionado sobre o bem‑estar dos participantes, declarou em entrevista pós‑episódio que "o programa oferece suporte psicológico, mas a natureza competitiva inevitavelmente gera momentos de vulnerabilidade".
Já o vocal coach da casa, Marina Sampaio, comentou que "técnicas de respiração diafragmática podem reduzir o esforço excessivo, mas o nervosismo pode anular até mesmo os treinos mais rigorosos". Ela acrescentou que foi feita uma sessão de aquecimento especial para Thainá na manhã seguinte à gravação, visando aliviar a tensão nos músculos da laringe.
A transmissão do momento íntimo foi recebida com 2,3 milhões de visualizações no Globoplay nas primeiras 12 horas, gerando dezenas de milhares de comentários nas redes sociais. Muitos seguidores elogiaram a coragem de Thainá ao admitir fragilidade, enquanto outros questionaram se a produção deveria intervir antes que a ansiedade comprometesse a qualidade da performance ao vivo.
Especialistas em saúde mental, como o psicólogo Felipe Duarte da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, ressaltam que a exposição de vulnerabilidades em programas de grande audiência pode servir de modelo positivo, encorajando outras pessoas a buscar ajuda quando enfrentam ansiedade de performance.
Com a final marcada para 12 de outubro, Thainá tem apenas cinco dias para ajustar a técnica e controlar a ansiedade. A produção prometeu incluir um segmento de "preparação emocional" na transmissão, onde o público acompanhará os bastidores da última sessão de treino vocal.
Independentemente do resultado, o episódio pode marcar uma mudança na forma como reality shows tratam a saúde vocal e psicológica dos participantes. A expectativa é que a Estrela da Casa incorpore avaliações regulares de bem‑estar nas próximas edições, alinhando entretenimento com responsabilidade artística.
A ansiedade costuma desencadear tensão muscular na laringe, dificultando o controle da respiração e levando o cantor a fazer força excessiva ao alcançar notas agudas. Estudos mostram que 68% dos participantes de competições musicais sentem desconforto vocal nos dias que antecedem a final.
Além dos jurados, a produção conta com um vocal coach, como Marina Sampaio, psicólogos especializados em performance e uma equipe médica que monitora a saúde da voz dos participantes durante todo o programa.
Quando cantores como Thainá compartilham suas dificuldades, o público tem a oportunidade de compreender que o sucesso artístico também depende de saúde mental. Isso pode incentivar espectadores a buscar apoio em situações semelhantes.
A emissora providenciou uma sessão extra de aquecimento vocal com Marina Sampaio, além de sessões de terapia de respiração guiada para reduzir a ansiedade. Também foi oferecido acompanhamento psicológico diário.
Técnicas como a respiração diafragmática, alongamento vocal leve e visualização positiva são apontadas como eficazes. Em casos mais intensos, a intervenção de um psicólogo do esporte pode ser fundamental.
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1 Comentários
Verônica Barbosa outubro 7, 2025 AT 22:08
Thainá mostrou a cara dura. A voz não aguenta sacrifício