Assédio sexual ainda aparece em muitos ambientes – trabalho, faculdade, transporte, até redes sociais. Se você já sentiu um desconforto estranho, é provável que tenha passado por uma situação de assédio. Não precisa ser um caso extremo para ser considerado assédio; comentários inadequados, piadas de teor sexual ou convidar alguém para algo que você não quer também contam.
Antes de tudo, é importante saber que o assédio sexual não é culpa da vítima. Quem faz o gesto ou a fala tem a responsabilidade de respeitar limites. Reconhecer que algo está errado já é o primeiro passo para mudar a situação.
Existem três formas mais comuns:
O Código Penal e a Lei Maria da Penha tratam o assunto com seriedade. Se o ato ocorre no trabalho, a CLT também garante proteção e a empresa deve ter um canal de denúncias.
Se você está passando por isso, a primeira atitude é se afastar da pessoa, se possível. Procure alguém de confiança – colega, amigo ou familiar – para contar o que aconteceu. Essa rede de apoio ajuda a ter clareza e coragem para seguir adiante.
Documente tudo: anote data, hora, local e detalhes da conversa ou do episódio. Salve mensagens, e‑mails ou prints de redes sociais. Essa prova pode ser crucial caso você decida levar a situação à justiça ou à empresa.
No ambiente de trabalho, use o canal interno de denúncias – muitas empresas têm ouvidorias anônimas. Caso a empresa não tome providência, o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho podem ser acionados.
Se o caso ocorreu fora do trabalho, registre um boletim de ocorrência na delegacia ou procure a Defensoria Pública. Em casos de assédio virtual, denuncie também à plataforma (Facebook, Instagram, etc.) e ao provedor de internet se necessário.
Não ignore a saúde mental. Conversar com psicólogo ou participar de grupos de apoio pode aliviar o peso emocional. Lembre-se: buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de autocuidado.
Para evitar futuros incidentes, empresas e instituições devem promover treinamentos de conscientização, criar políticas claras contra o assédio e garantir que todo mundo saiba como denunciar. Você pode cobrar dessas medidas, participando de assembleias ou enviando sugestões.
O mais importante é ficar atento aos sinais e não aceitar nenhum comportamento que invada seu espaço. Se algo te deixa desconfortável, confie na sua percepção e procure apoio. O assédio sexual pode ser combatido, mas só funciona se a sociedade, as organizações e as vítimas agirem juntas.
Agora que você entende o que é assédio sexual, como reconhecê‑lo e onde buscar ajuda, compartilhe essas informações. Quanto mais pessoas souberem o que fazer, menor será o espaço para esse tipo de violência.
Blake Lively, estrela do filme 'It Ends With Us', acusou seu colega de elenco e diretor Justin Baldoni de assédio sexual e difamação. Em uma ação judicial, Lively alega que Baldoni causou-lhe sofrimento emocional e tentou prejudicar sua reputação. Baldoni negou as acusações e processou o The New York Times por difamação ao noticiar o caso. O lançamento do filme foi ofuscado pela controvérsia.