Esportes setembro 25, 2025

Botafogo-SP enfrenta duas partidas no mesmo sábado; entenda o impacto na Copa Paulista e na Série B

Nathalia Carvalho 16 Comentários

Em um sábado atípico para o calendário do futebol brasileiro, o Botafogo-SP foi obrigado a jogar duas partidas distintas em apenas 60 minutos. Primeiro, às 18h (horário UTC), a equipe se enfrentou com a Associação Atlética Francana, disputa válida pela Copa Paulista, Grupo 2. Pouco depois, às 19h, o mesmo elenco, após ajustes de última hora, saiu ao campo contra o Remo, válido pela Série B, rodada 22.

Logística e escalação: como o clube lidou com o aperto

A sobreposição de compromissos exigiu um trabalho minucioso da comissão técnica. O treinador optou por dividir o grupo em duas partes quase iguais, garantindo que nenhum jogador recebesse mais de 45 minutos de atuação consecutiva. No duelo contra a Francana, foram escalados os titulares de maior velocidade e resistência, enquanto a partida contra o Remo contou com os veteranos mais experientes, capazes de controlar o ritmo em um confronto de maior exigência tática.

Além da divisão de elenco, a logística de deslocamento também foi complexa. Após o fim da partida da Copa Paulista, os atletas que participarão da Série B tiveram que permanecer no vestiário, receber alimentação rápida e assumir um aquecimento leve antes de seguir para o Estádio Estadual Jornalista Edgar Augusto Proença, onde o desafio contra o Remo estava marcado.

O resultado da segunda partida foi um 1 a 1, mantendo o Remo na quinta posição da tabela, com 33 pontos (8 vitórias, 9 empates, 4 derrotas). O Botafogo-SP, por sua vez, continua na zona de risco, com um retrospecto de 5 vitórias, 6 empates e 10 derrotas, precisando pontuar nos próximos jogos para fugir da zona de rebaixamento.

  • Posição atual na Copa Paulista: Botafogo-SP em 5º, Francana em 4º.
  • Posição atual na Série B: Remo em 5º; Botafogo-SP fora do G-4.
  • Histórico direto: antes da partida, Botafogo-SP tinha 1 vitória e 1 empate contra o Remo.

Casos semelhantes já surgiram no futebol nacional, sobretudo quando clubes participam simultaneamente de torneios estaduais, regionais e nacionais. Em 2022, o Atlético-MG chegou a disputar um clássico e um jogo de eliminação da Copa do Brasil no mesmo dia, enquanto em 2020 o Ceará teve que enfrentar duas partidas de turno e volta da Série A dentro de 48 horas devido a adiamentos provocados pela pandemia.

Essas situações ressaltam a importância de um elenco profundo e de políticas de rotação claras. Não basta apenas ter jogadores de qualidade; é preciso saber quando poupá‑los para evitar fadiga excessiva, que pode desencadear lesões e comprometer o rendimento nas competições mais prioritárias.

Para o Botafogo-SP, o próximo desafio será definir qual torneio receberá maior atenção nas semanas que se seguem. Enquanto a Copa Paulista pode oferecer uma oportunidade de título regional, a Série B garante a permanência no nível nacional, objetivo que, até o momento, parece ser o foco principal da diretoria e da comissão técnica.

16 Comentários

Joseph Cray

Joseph Cray setembro 26, 2025 AT 18:29

Essa foi uma das coisas mais malucas que já vi no futebol brasileiro! Dois jogos em 60 minutos? O técnico tá usando os caras como se fossem robôs de última geração. Mas olha, se deu certo, parabéns pra equipe por não desmoronar. Essa é a cara do Botafogo-SP: guerreiro, sem desculpas, e com coração maior que o estádio.

Se continuar nesse ritmo, a gente pode ver esse time virando referência de gestão de elenco. Não precisa de 25 jogadores top, precisa de 18 que acreditam no que fazem. E parece que eles têm isso.

Se eu fosse diretor, dava contrato de 5 anos pra todo mundo que jogou os dois jogos. Essa galera merece um monumento na entrada do clube.

debora petrus

debora petrus setembro 28, 2025 AT 04:12

É imprescindível ressaltar, com a máxima clareza, que a logística implementada pelo Botafogo-SP foi, sem dúvida alguma, um exemplo de organização, disciplina e profissionalismo. A divisão de elenco, a gestão de minutos, a alimentação imediata, o aquecimento leve - tudo foi executado com precisão cirúrgica. Parabéns à comissão técnica, aos médicos, aos preparadores físicos, e, principalmente, aos atletas que se dispuseram a cumprir esse desafio extraordinário. O futebol brasileiro precisa de mais clubes assim!

gabriel salvador

gabriel salvador setembro 29, 2025 AT 17:19

2 jogos no mesmoo dia?!?!? Puts, o Botafogo-SP é o único time que consegue fazer isso e ainda empatar! Eu juro que se eu fosse jogador eu morria de cansaço, mas eles não só jogaram como não se deram por vencidos. O Remo é top, mas o Botafogo-SP tá com alma. Não tem dinheiro, mas tem coragem. Essa galera merece mais que um empate - merece um título!

Rodrigo Grudina

Rodrigo Grudina setembro 30, 2025 AT 08:46

Claro, claro. Dois jogos em uma hora. Que brilhantismo. Ainda bem que ninguém se machucou, porque se tivesse, seria um escândalo. Mas não, tudo perfeito, né? Como se não fosse absurdo exigir isso de jogadores humanos. A gestão é frágil, o elenco é raso, e o clube está fingindo que isso é normal. Só falta colocar um jogador no campo com dois uniformes diferentes.

Luiz Fernando da Janaina

Luiz Fernando da Janaina outubro 2, 2025 AT 05:52

Essa é a realidade do futebol brasileiro: clubes sem estrutura, com elencos rasos, e que tentam esconder a incompetência atrás de 'coragem' e 'espírito de luta'. O Botafogo-SP não é herói. É sintoma. Um time que joga duas partidas em 60 minutos porque não tem condições de escalar dois times competitivos. E ainda tem gente que aplaude isso? Isso é tragédia disfarçada de drama.

Kika Viva

Kika Viva outubro 2, 2025 AT 17:21

É triste ver isso. Eles estão usando os jogadores como peças de xadrez. E ninguém fala nada? Onde está a CBF? Onde está a Federação? Isso não é futebol, é exploração. E ainda tem gente que acha que é 'coragem'. Não, é desespero. E isso não é bonito. É vergonhoso.

Dyego Fiszter

Dyego Fiszter outubro 4, 2025 AT 05:14

Respeito ao Botafogo-SP. Eles fizeram o que podiam com o que tinham. Não é fácil. E mesmo assim, jogaram. Acho que isso merece mais que um comentário. Merece um reconhecimento. 🙌

Cleide Amorim

Cleide Amorim outubro 4, 2025 AT 13:48

Eu chorei. Sério. Quando vi o jogador mais velho, com a camisa suada da primeira partida, entrando no campo pra enfrentar o Remo... eu senti o peso do futebol brasileiro. É como se o coração do clube estivesse batendo duas vezes na mesma hora. E mesmo assim, eles empataram. Não é vitória? Não é amor? Não é alma? Eu não quero saber de tática. Quero saber de quem se doa. E eles se doaram. Toda essa estrutura, esse sistema, essa lógica... tudo isso é apenas o esqueleto. O que move é o sangue. E o sangue deles é de aço.

Nicolle Iwazaki

Nicolle Iwazaki outubro 4, 2025 AT 18:39

Esse tipo de situação acontece com mais frequência do que a gente imagina, especialmente em clubes que disputam torneios de diferentes níveis. O Botafogo-SP é um exemplo de como o futebol regional ainda carrega uma carga emocional enorme - e, às vezes, uma carga logística absurda. Mas é isso que torna o futebol brasileiro único: a capacidade de se adaptar, mesmo sem recursos. É o futebol da periferia, da luta, da criatividade. E isso vale mais do que muitos estádios de luxo.

Ana Paula Ferreira de Lima

Ana Paula Ferreira de Lima outubro 6, 2025 AT 15:15

Como foi a reação dos jogadores depois da segunda partida? Eles tinham tempo de descanso entre os jogos? E os médicos, eles fizeram algum exame de recuperação imediata? Será que o clube tem protocolo de recuperação pós-jogo nesses casos? E o que acontece se alguém se lesionar? Quem assume a responsabilidade? Será que isso é permitido pelas regras da CBF? E se o jogador tiver um problema cardíaco? E se um dos jogadores tiver um histórico de lesão? Será que a comissão técnica considerou isso? E o que dizem os sindicatos dos jogadores? E o que os pais dos jogadores pensam? Será que alguém perguntou? Será que alguém se importa? Será que alguém vai fazer algo diferente no futuro?

Jaqueline Lobos

Jaqueline Lobos outubro 6, 2025 AT 18:25

Claro, claro, o Botafogo-SP é herói porque jogou duas partidas. Mas e o Remo? Eles não tiveram que jogar duas partidas? Eles não têm direito a um elenco profundo? Eles não merecem descanso? Eles não são humanos também? Por que só o Botafogo-SP é elogiado? Porque é um clube menor? Porque é mais fraco? Isso é miséria glorificada. E isso é o que o futebol brasileiro tem de pior: celebrar a dor como virtude.

Evandro Silva

Evandro Silva outubro 8, 2025 AT 10:29

Essa foi uma gestão inteligente. Dividir o elenco, priorizar a saúde, manter o ritmo... isso é futebol de cabeça. E o empate contra o Remo? Foi um resultado justo. A equipe não desistiu. Parabéns. 🙏

paulo queiroz

paulo queiroz outubro 8, 2025 AT 17:01

Olha, eu sou de São Paulo e já vi time de cidade pequena jogar três jogos em uma semana por causa de adiamentos. Mas dois em 60 minutos? Isso é quase cinematográfico. O clube fez o que pôde, mas isso aqui é um alerta. O futebol não pode ser um circo de horrores. Tem que ter regras. Tem que ter limite. Jogadores não são máquinas. Eles têm corpo, têm família, têm vida. O Botafogo-SP fez um bom trabalho, mas isso não pode virar rotina. A CBF tem que criar uma norma: nenhum clube pode jogar dois jogos em menos de 90 minutos. Ponto final.

Kesia Nascimento

Kesia Nascimento outubro 8, 2025 AT 18:54

Se o Botafogo-SP é tão bom assim, por que tá na zona de rebaixamento? Por que não tem dinheiro pra montar um time decente? Por que precisa de um milagre pra não cair? Isso não é coragem, é desespero. E se eles caírem, vão dizer que 'lutaram até o fim'. Mas a verdade é que eles não tinham estrutura. E isso é vergonha. O futebol brasileiro está doente.

Juliano Ferreira

Juliano Ferreira outubro 9, 2025 AT 04:43

Essa situação me lembra de uma frase de Nietzsche: 'O que não me mata, me torna mais forte.' Mas será que é verdade? O que acontece quando o que não te mata te esgota? O Botafogo-SP não está sendo forte. Está sendo consumido. E o pior: ninguém está vendo isso como um problema. A gente aplaude a dor. A gente idolatra a sobrecarga. A gente transforma o desespero em virtude. Mas o futebol não é um sacrifício. É um jogo. E jogos precisam de regras, de descanso, de humanidade. E nós, torcedores, estamos falhando ao não exigir isso.

Joseph Cray

Joseph Cray outubro 10, 2025 AT 08:56

Eu vi o comentário do Luiz Fernando e tenho que dizer: ele tá errado. O Botafogo-SP não é um sintoma. É uma resistência. Eles não têm dinheiro, não têm TV, não têm patrocínio. Mas têm fogo. E enquanto o futebol brasileiro só olha pro Corinthians e o Palmeiras, esses caras estão lá, jogando dois jogos, sem reclamar, sem desistir. Isso não é fracasso. É revolução. E se um dia eles caírem, que a gente lembre: eles não foram derrotados. Eles foram silenciados.

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